Na Química Inorgânica, as funções mais importantes são os
ácidos, as bases, os sais e os óxidos.
Tarefa das mais importantes na atividade científica é
reunir substâncias semelhantes em classes ou grupos, de modo a facilitar seu
estudo. Uma classificação fundamental, nascida na metade do século XVIII, é a
que divide as substâncias em inorgânicas (ou minerais) e orgânicas.
Inicialmente, dizia-se:
Substância inorgânica (ou mineral) é a que se origina dos
minerais.
Substância orgânica é a que se origina dos organismos vivos
(vegetais e animais).
Posteriormente, verificou-se que todas as substâncias
orgânicas contêm o elemento carbono e, então, passou-se a dizer:
Substâncias orgânicas são as que contêm carbono.
Substâncias inorgânicas (ou minerais) são as formadas por
todos os demais elementos químicos.
Função química é um conjunto de substâncias com
propriedades químicas semelhantes, denominadas propriedades funcionais.
As principais funções químicas inorgânicas que iremos
estudar são: os ácidos, as bases, os sais e os óxidos.
Dissociação e ionização
Outro fato importante é que os não-eletrólitos são sempre
substâncias moleculares (como é o caso do açúcar). Os eletrólitos, no entanto,
podem ser substâncias moleculares ou iônicas. De fato, o sal comum já é formado
por íons (Na+ e Cl-) no
seu estado natural, que é o estado sólido; a água da solução apenas provoca a
separação dos íons já existentes:
α =Número de moléculas ionizadas
Número de moléculas dissolvidas
Para medir a temperatura, usamos um termômetro, ou melhor,
uma escala termométrica. Para medir a acidez ou a basicidade de uma solução,
usamos uma escala denominada escala de pH, que varia de zero (soluções muito
ácidas) até 14 (soluções muito básicas); o valor pH = 7 indica uma solução neutra
(nem ácida nem básica).
ÁCIDOS
Do ponto de vista prático, os ácidos apresentam as
seguintes características:
• formam soluções aquosas condutoras de eletricidade;
• mudam a cor de certas substâncias (chamadas, por esse
motivo, de indicadores de ácidos).
Os ácidos são muito comuns em nosso dia-a-dia: o vinagre
contém ácido acético (C2H4O2);
o limão, a laranja e demais frutas cítricas contêm ácido cítrico (C6H8O7);
a bateria de um automóvel contém ácido sulfúrico (H2SO4);
o ácido muriático, usado para a limpeza de pisos, azulejos etc., contém ácido
clorídico (HCl); e assim por diante.
Os ácidos são muito usados, nas indústrias químicas, para a
produção de novos materiais. Em particular, o ácido sulfúrico é o primeiro
colocado em uso industrial. Devemos lembrar, porém, que acidentes com trens e
caminhões transportando ácido sulfúrico podem dar origem a vazamentos do ácido,
com efeitos bastante danosos ao meio ambiente.
Ácidos são compostos que em solução aquosa se ionizam,
produzindo como íon positivo apenas cátion hidrogênio (H-).
BASES OU HIDRÓXIDOS
Do ponto de vista prático, bases ou hidróxidos são
substâncias
que apresentam as seguintes características:
• formam soluções aquosas condutoras de eletricidade;
• fazem voltar a cor primitiva dos indicadores, caso essa cor
tenha sido alterada por um ácido (essa característica das bases dá sentido ao
nome indicadores ácido-base).
As bases são muito comuns em nosso cotidiano. Vários líquidos
de limpeza usados nas cozinhas contém bases, como o hidróxido de sódio (NaOH),
presente em substâncias para desentupir pias, o hidróxido de amônio (NH4OH),
encontrado no amoníaco etc. O chamado “leite de magnésia”, usado para combater
a acidez estomacal, contém hidróxido de magnésio (Mg (OH)2).
As bases são também muito usadas nas indústrias químicas. O
hidróxido de sódio, por exemplo, é empregado na produção de sabões,
detergentes, tecidos etc.
Bases ou hidróxidos são compostos que, por dissociação
iônica, liberam, como íon negativo, apenas o ânion hidróxido (OH-),
também chamado de oxidrila ou hidroxila.
SAIS
Os sais são também muito comuns em nosso cotidiano: o sal
comum, NaCl (cloreto de sódio), está presente em nossa alimentação, na
conservação de alimentos (carne-seca, bacalhau e outros) etc; o bicarbonato de
sódio, NaHCO3, é usado como antiácido e também no preparo de
bolos e biscoitos; o sulfato de sódio, Na2SO4
(sal de Glauber), e o sulfato de magnésio, MgSO4 (sal
amargo), são usados como purgante; o gesso usado em ortopedia ou em construção é
o sulfato de cálcio hidratado, 2 CaSO4.H2O;
e assim por diante.
Os sais também são muito usados nas indústrias químicas. O
sal comum (NaCl) é muito usado na fabricação da soda cáustica (NaOH), do gás
hidrogênio (H2) e do gás cloro (Cl2). Outro
exemplo importante é o do calcário (CaCO3) usado na
fabricação da cal (CaO), do vidro, do cimento, como fundente em indústrias
metalúrgicas etc.
Sais são compostos formados juntamente com a água na reação
de um ácido com uma base de Arrhenius. Sais são compostos iônicos que possuem,
pelo menos, um cátion diferente do H+ e um ânion diferente do
OH-.
ÓXIDO
Óxidos são compostos binários nos quais o oxigênio é o
elemento mais eletronegativo.
Por exemplo: H2O, CO2,
Fe2O3, SO2, P2O5
etc.
Os óxidos constituem um grupo muito numeroso, pois
praticamente todos os elementos químicos
formam óxidos (até mesmo gases nobres, como, por exemplo, o
XeO3).
Apenas os compostos oxigenados do flúor (como, por exemplo,
OF2 e O2F2) não são
considerados óxidos, mas sim fluoretos de oxigênio, pois, como já vimos, o
flúor é mais eletronegativo que o oxigênio.
Sendo assim, outra definição possível para os óxidos seria:
Óxidos são compostos binários do oxigênio com qualquer
outro elemento químico, exceto o flúor.
Óxidos básicos são óxidos que reagem com a água, produzindo
uma base, ou reagem com um ácido, produzindo sal e água.
Óxidos ácidos ou anidridos são óxidos que reagem com a
água, produzindo um ácido, ou reagem com uma base, produzindo sal e água.
Óxidos anfóteros podem se comportar ora como óxido básico,
ora como óxido ácido.
Óxidos indiferentes (ou neutros) são óxidos que não reagem
com água, nem com ácidos nem com bases.
Óxidos duplos são óxidos que se comportam como se fossem
formados por dois outros óxidos, do mesmo elemento químico.
Peróxidos são óxidos
que reagem com a água ou com ácidos diluídos, produzindo água oxigenada (H2O2).
Transformações químicas como resultantes de
quebra e formação de ligações
Sabemos que nas transformações químicas se formam novos
materiais e que podemos explicar essa formação por meio do rearranjo dos átomos
que constituem as substâncias reagentes. Você pode se perguntar, admitindo a
ideia de formação de ligação entre os átomos, como esses rearranjos ocorrem.
Assim, vamos estudar a quebra e a formação de ligações químicas.
Energia de ligação é a energia necessária para romper 1 mol
de dada ligação em uma molécula ou que é a energia liberada na formação de 1 mol
de ligação na referida molécula.
Os átomos, na natureza, raramente ficam isolados, pois
tendem a se unir uns aos outros, formando tudo o que conhecemos na Terra — das
rochas aos seres vivos. Vamos explicar de que maneira os átomos se unem para
formar as substâncias químicas. Já vimos que cada substância tem sua fórmula —
a da água é H2O; a do sal comum, NaCl; a do gás carbônico é CO2,
e assim por diante. Mas como foi que os cientistas chegaram a essas fórmulas? A
História mostra que o caminho foi longo. No início do século XIX, Dalton
imaginava que os átomos se uniam sempre um a um (a fórmula da água seria HO).
Somente na metade do século XIX, a partir das ideias de Avogadro e Canizzaro, é
que se consolidou a noção de molécula que conhecemos atualmente. E só no início
do século XX foi explicada a participação dos elétrons nas ligações químicas.
LIGAÇÃO IÔNICA, ELETROVALENTE OU HETEROPOLAR
Tendo cargas elétricas opostas, os cátions e os ânions se
atraem e se mantêm unidos pela chamada ligação iônica, originando-se assim a
substância cloreto de sódio (Na+Cl-), que é
o sal comum usado em cozinha. Na prática, porém, uma reação não envolve apenas
dois átomos, mas um número enorme de átomos, de modo que no final teremos um
aglomerado envolvendo um número enorme de íons, como mostramos na ilustração
abaixo (com uso de cores-fantasia e sem escala).
A ligação iônica ocorre, em geral, entre átomos de metais
com átomos de não-metais, pois:
• os átomos dos metais possuem 1, 2 ou 3 elétrons na última
camada e têm forte tendência a perdê-los (veja os casos do Na, do Mg e do Al,
nos exemplos anteriores);
• os átomos dos não-metais possuem 5, 6 ou 7 elétrons na
última camada e têm acentuada tendência a receber mais 3, 2 ou 1 elétron e,
assim, completar seus octetos eletrônicos.
Ligação iônica é a força que mantém os íons unidos, depois
que um átomo cede definitivamente um, dois ou mais elétrons para outro átomo. Eletrovalência
é a carga elétrica do íon.
LIGAÇÃO COVALENTE, MOLECULAR OU HOMOPOLAR
Consideremos, como primeiro exemplo, a união entre dois
átomos do elemento hidrogênio (H) para formar a molécula da substância simples
hidrogênio (H2):
Nesta última representação, o traço (—) está indicando o
par de elétrons que os dois átomos de hidrogênio passam a compartilhar. Assim,
por comodidade, costuma-se representar uma ligação covalente normal por um traço.
A molécula H2 é estável (isto é, os átomos não
se separam) porque há um equilíbrio entre as forças de atração elétrica (entre
núcleos e elétrons) e as forças de repulsão elétrica (entre os dois núcleos e entre
os dois elétrons), como ilustramos na figura a seguir.
Na ligação covalente, entre átomos iguais, podemos falar
também em raio covalente (r), como a metade do comprimento da ligação (d
), isto é, metade da distância que separa os dois núcleos.
Ligação covalente ou covalência é a união entre átomos
estabelecida por pares de elétrons.
Nesse tipo de ligação, a valência recebe o nome particular
de covalência e corresponde ao número de pares de elétrons compartilhados.
As fórmulas em que os elétrons aparecem indicados pelos
sinais • e x são chamadas fórmulas eletrônicas ou fórmulas de Lewis.
Quando os pares eletrônicos covalentes são representados
por traços (–), chamamos essas representações de fórmulas estruturais
planas; no último exemplo considerado:
Todos os exemplos dados até agora foram de substâncias
simples. No entanto, as ligações covalentes aparecem ainda com maior frequência
entre as substâncias compostas, como passamos a ilustrar.
• Formação da molécula do cloridreto ou gás clorídrico
(HCl) (página ao lado; uso de cores-fantasia):
LIGAÇÃO METÁLICA
Os metais e as ligas metálicas são cada vez mais
importantes em nosso dia-a-dia.
Estrutura
dos metais - No estado
sólido, os átomos dos metais (e de alguns semimetais) se agrupam de forma
geometricamente ordenada, dando origem às células, ou grades, ou reticulados
cristalinos.
Uma das
principais características dos metais é a condução fácil da eletricidade. A
consideração de que a corrente elétrica é um fluxo de elétrons levou à criação
da chamada teoria da nuvem eletrônica (ou teoria do mar de elétrons).
Propriedades
dos metais
Em virtude de
sua estrutura e do tipo de ligação, os metais apresentam uma série de
propriedades
características
que, em geral, têm muitas aplicações práticas em nosso dia-a-dia. Listamos abaixo
aquelas que podemos citar como principais propriedades dos metais.
Brilho
metálico: os metais,
quando polidos, refletem a luz como se fossem espelhos, o que permite o seu uso
em decoração de edifícios, lojas etc.
Condutividades
térmica e elétrica elevadas:
os metais, em geral, são bons condutores de calor e eletricidade. Isso é devido
aos elétrons livres que existem na ligação metálica, como foi explicado no item
anterior, e que permitem um trânsito rápido de calor e eletricidade através do
metal.
A condução do
calor é importante, por exemplo, no aquecimento de panelas domésticas e
caldeiras industriais; a condução da eletricidade é fundamental nos fios
elétricos usados nas residências, escritórios e indústrias.
Densidade
elevada: os metais são,
em geral, densos. Isso resulta das estruturas compactas, explicadas na página
anterior, e está também de acordo com a variação das densidades absolutas,
vista na
página 127, no estudo das propriedades periódicas dos elementos químicos.
Pontos de
fusão e de ebulição elevados:
os metais, em geral, fundem e fervem em temperaturas elevadas, como vimos na
página 127, no estudo das propriedades periódicas. Isso acontece porque a
ligação metálica é muito forte, e “segura” os átomos unidos com muita
intensidade.
Note que isso
é muito importante na construção de caldeiras, tachos, reatores industriais
etc., em que ocorrem aquecimentos intensos.
Resistência
à tração: os metais
resistem bastante às forças que, quando aplicadas, tendem a alongar uma barra
ou fio metálico. Essa propriedade é também uma consequência da “força” com que
a ligação metálica mantém os átomos unidos. Uma aplicação importante da
resistência à tração é a aplicação dos metais em cabos de elevadores ou de
veículos suspensos (como os bondinhos do Pão de Açúcar, no Rio de Janeiro);
outra aplicação é a colocação de vergalhões de aço dentro de uma estrutura de
concreto para torná-la mais resistente – é o chamado concreto armado, de
largo uso na construção de pontes, edifícios etc.
Maleabilidade: é a propriedade que os metais
apresentam de se deixarem reduzir a chapas e lâminas bastante finas, o que se
consegue martelando o metal aquecido ou, então, passando o metal aquecido entre
cilindros laminadores, que o vão achatando progressivamente, originando, assim,
a chapa metálica (essa mesma técnica é usada nos cilindros que “abrem” massa de
macarrão, pastel etc.). Isso é possível porque os átomos dos metais podem
“escorregar” uns sobre os outros. Essa é uma das propriedades mais importantes
dos metais, se considerarmos que as chapas metálicas são muito usadas na
produção de veículos, trens, navios, aviões, geladeiras etc. O ouro é o metal
mais maleável que se conhece; dele são obtidas lâminas com espessura da ordem
de 0,0001 mm, usadas na decoração de imagens, estatuetas, bandejas etc.
Ductilidade: é a propriedade que os metais
apresentam de se deixarem transformar em fios, o que se consegue “puxando” o
metal aquecido através de furos cada vez menores. A explicação para isso é
semelhante à da maleabilidade. Os fios produzidos, de maior ou menor diâmetro,
são muito usados nas construções, em concreto armado ou como fios elétricos e
arames de vários tipos. O ouro é também o metal mais dúctil que se conhece; com
1 grama de ouro é possível obter um fio finíssimo com cerca de 2 km de
comprimento.
Vários materiais existentes na natureza se apresentam e se
transformam. Nesta atividade, vamos explicar o longo caminho percorrido pela humanidade
nas tentativas de explicar como é a matéria “por dentro” e o que acontece durante
as transformações materiais.
Mostraremos que há somente cerca de 200 anos os cientistas
conseguiram realizar experiências capazes de fundamentar a existência do átomo.
Veremos, então, como o mundo invisível do átomo (mundo microscópico) torna
possível explicar todos os tipos de matéria e de transformações que vemos
diariamente (mundo macroscópico), bem como as trocas de energia associadas a
essas transformações. A ideia do átomo ajudou a consolidar a Química como
ciência, cujo desenvolvimento possibilitou a criação de milhares de novos
materiais (medicamentos, tecidos, corantes etc.) que transformaram a existência
da humanidade, nos dois últimos séculos.
Ao longo dos séculos, no trabalho de obter novos materiais
e nas tentativas de explicar essas obtenções, podemos destacar os seguintes
fatos históricos:
• Entre aproximadamente os anos 500 e 1500 da era cristã, desenvolveu-se
entre árabes e europeus
o trabalho dos alquimistas, muitos deles movidos pelo sonho
de obter o elixir da longa vida, que poderia tornar o ser humano imortal, e a
pedra filosofal, que teria o poder de transformar metais baratos em ouro.
• A partir do século XVI, com o desenvolvimento da
alquimia, surgiu a chamada iatroquímica, uma doutrina médica que atribuía a
causas químicas tudo o que se passava no organismo são ou enfermo. O principal
objetivo dessa doutrina era a descoberta e produção de medicamentos.
Todo esse trabalho era eminentemente prático. Os
alquimistas contribuíram bastante para o desenvolvimento das técnicas químicas,
embora não tivessem se preocupado em explicar os fenômenos.
Devemos salientar, porém, que a busca de uma explicação
para a matéria e suas transformações foi objeto de preocupação de alguns
pensadores desde antes de Cristo. O filósofo grego Demócrito (460-370 a.C.) imaginou
a matéria formada por pequenas partículas indivisíveis denominadas átomos (do
grego, a, não; tómos, pedaços). No entanto, durante séculos prevaleceram as ideias
de Aristóteles (384-322 a.C.), para quem tudo o que existia no Universo era
formado a partir de quatro elementos fundamentais: terra, água, fogo e ar. De
acordo com essa ideia e com o esquema ao lado, estavam associadas ao fogo, por
exemplo, as qualidades seco e quente, e à água, as qualidades frio e úmido.
A Química somente adquiriu caráter científico a partir do
século XVIII, quando o trabalho feito em laboratório (chamado de trabalho experimental)
foi vinculado ao esforço de buscar a explicação da natureza da matéria e de
suas transformações (explicação teórica).
A lei de Lavoisier
No final do século XVIII, o cientista Antoine Lavoisier
realizou uma série de experiências em recipientes fechados (para que não
entrasse nem escapasse nada do sistema em estudo) e, efetuando pesagens com
balanças mais precisas do que as dos cientistas anteriores, concluiu:
No interior de um recipiente fechado, a massa total não
varia, quaisquer que sejam as transformações que venham a ocorrer.
A lei de Lavoisier, portanto, pode ser enunciada também da
seguinte maneira:
A soma das massas antes da reação é igual à
soma das massas após a reação.
Ou ainda:
Na natureza, nada se perde, nada se cria; a
matéria apenas se transforma.
A lei de Proust
Quase na mesma época de Lavoisier, Joseph Louis Proust,
efetuando também uma grande série de pesagens em inúmeras experiências, chegou
à seguinte conclusão:
Uma determinada substância composta é formada por substâncias
mais simples, unidas sempre na mesma proporção em massa.
Essa conclusão é chamada de lei de Proust ou lei das
proporções constantes (ou fixas ou definidas).
As duas leis enunciadas—a de Lavoisier e a de Proust—são
denominadas leis ponderais, porque falam em massa das substâncias envolvidas.
São leis importantíssimas, pois marcam o início (nascimento) da Química como
ciência.
Produzir
conteúdos digitais a partir de um planejamento, colocando em prática a
criatividade, ética, responsabilidade e senso crítico, demonstrando habilidades
de curadoria e produção de conhecimento.
A proporção é definida como
a igualdade entre duas razões, caso essa igualdade seja verdadeira,
então dizemos que os números que foram as razões na ordem dada são
proporcionais.
O estudo das proporções é essencial para o
desenvolvimento matemático, pois elas
possibilitam-nos relacionar grandezas, assim resolvendo
problemas do nosso cotidiano. São exemplos de proporções: escala de um mapa,
velocidade média de um móvel, e densidade de uma solução.
A razão entre dois números é
o quociente entre eles na ordem em que são dados.
Quando se tem duas razões e ambas
estão sendo comparadas por uma igualdade, então temos uma
proporção. Caso a igualdade seja verdadeira, então os números serão
proporcionais, caso contrário, então eles não serão proporcionais.
Para verificar ou calcular se, de fato, os números
são proporcionais, basta aplicar a primeira propriedade, caso a igualdade seja
verdadeira, então os números são proporcionais.
Grandezas direta e
inversamente proporcionais
Grandeza, em matemática, é tudo aquilo que é
possível medir ou mensurar, por exemplo, quantidade, distância, massa, volume
etc. As grandezas podem ser diretamente proporcionais (GDP) ou inversamente
proporcionais (GIP), vejamos a diferença entre elas:
Grandezas diretamente proporcionais
Dizemos que duas ou mais grandezas são diretamente
proporcionais se a razão dos valores da primeira grandeza é igual à dos
valores da segunda grandeza, e assim sucessivamente.
Grandezas inversamente proporcionais
Duas ou mais
grandezas serão inversamente proporcionais se a razão entre os valores da
primeira for igual ao inverso da razão dos valores da segunda. Podemos
interpretar isso de outra maneira, se uma grandeza cresce (↑) e a outra
grandeza decresce (↓), então elas são inversamente proporcionais.
A proporcionalidade está presente em muitas situações com
as quais nos deparamos diariamente, mas nem sempre nos damos conta dela. Quando
compramos, por exemplo, 100g de muçarela por R$ 3,50, já temos a ideia de que
se comprássemos 200g dessa mesma muçarela pagaríamos R$ 7,00. Essa e várias
outras situações são muito mais comuns em nosso cotidiano do que podemos
imaginar. Tais situações podem ser representadas sob a forma de grandezas que
variam de maneira interdependente:
Quando x e y são duas grandezas diretamente proporcionais,
elas aumentam ou diminuem simultânea e proporcionalmente, ou seja, a razão y/x
é constante, resultando em y = k . x (k é uma constante).
Quando x e y são duas grandezas inversamente proporcionais,
sempre que uma delas aumenta, a outra diminui na mesma proporção, e vice-versa,
de modo que o produto das duas permanece constante: x . y = k, ou seja, y =
k/x, onde k é uma constante não nula.
Perceber se existe ou
não proporcionalidade entre os elementos presentes naquilo que estamos
envolvidos faz grande diferença, pois essa relação facilita muito a resolução
de problemas nas várias atividades humanas.
Linhas de campo magnético, polos magnéticos e suas
representações.
Competências e habilidades:
Identificar as linhas do campo magnético e reconhecer os
polos magnéticos de um ímã, por meio de figuras desenhadas, malhas de ferro ou
outras representações.
Campo Magnético é a concentração
de magnetismo que é criado em torno de uma carga magnética num
determinado espaço. É o ímã que cria o campo magnético, da mesma forma
como é a carga elétrica e a massa que, respectivamente, criam
os campos elétrico e gravitacional.
A igualdade numérica de cargas positivas e negativas faz
que a ação externa do campo seja nula. Isso se dá em razão da superposição dos
campos elétricos das cargas negativas e das cargas positivas, que resulta em um
campo elétrico nulo, ainda que haja campos não nulos no interior do corpo.
A eletrização ocorre mediante atrito entre dois corpos, que
adquirem sinais opostos. Na segunda, quando os corpos são colocados em contato
ocorre distribuição da carga elétrica entre eles, que adquirem o mesmo sinal.
Na última, não existe contato; o corpo neutro e induzido pelo campo elétrico do
corpo que está carregado e adquire (mediante aterramento) sinal oposto ao
deste.
A repulsão entre dois corpos eletrizados ocorre quando ambos
têm cargas de mesmo sinal. No caso dos imas, a repulsão se dá quando
aproximamos polos de mesmo nome (polo sul com polo sul e polo norte com polo
norte).
É a região próxima a um ímã
que influencia outros ímãs ou materiais ferromagnéticos e paramagnéticos, como cobalto e ferro.
Compare campo magnético com
campo gravitacional ou campo elétrico e verá que todos estes têm as
características equivalentes.
Também é possível definir um
vetor que descreva este campo, chamado vetor indução magnética e simbolizado
por . Se pudermos colocar uma pequena bússola em um ponto sob ação
do campo o vetor terá direção da reta em que a agulha se alinha e sentido
para onde aponta o polo norte magnético da agulha.
Se pudermos traçar todos os
pontos onde há um vetor indução magnética associado veremos linhas que são
chamadas linhas de indução do campo magnético. estas são orientados do polo
norte em direção ao sul, e em cada ponto o vetor tangencia estas linhas.
As linhas de indução existem
também no interior do ímã, portanto são linhas fechadas e sua orientação
interna é do polo sul ao polo norte. Assim como as linhas de força, as linhas
de indução não podem se cruzar e são mais densas onde o campo é mais intenso.
a origem do campo magnético está
na movimentação das cargas elétricas. Quando o campo
elétrico oscila em alguma região do espaço, essa oscilação dá origem a um campo
magnético orientado em uma direção perpendicular (90º) ao campo
elétrico. Para compreendermos melhor as propriedades do campo magnético,
fazemos uso de um recurso conhecido
como linhas de indução, por meio dele, podemos visualizar
melhor o formato do campo magnético.
O campo magnético atribui aos ímãs a
capacidade de atraírem-se ou repelirem-se.
Linhas de campo magnético
As linhas do campo magnético são
sempre fechadas, elas nunca se cruzam, e quanto mais
próximas estiverem, maior será a intensidade do campo magnético naquela região.
Além disso, a região dos magnetos de onde saem linhas de indução é chamada
de norte magnético, e a região em que essas linhas de indução
imergem é conhecida como sul magnético.
As linhas de indução do campo magnético saem do polo norte e
entram no polo sul.
Monopolos magnéticos
Outra característica do campo magnético diz
respeito à não existência demonopolos magnéticos, isto é, todo
campo magnético apresenta um polo sul e um polo norte, diferentemente do campo
elétrico, que permite a existência de cargas positivas e negativas, por exemplo.
A figura mostra as linhas do campo magnético terrestre que emergem
do norte magnético.
Quando alguma carga
elétrica move-se em uma região de campo magnético, uma força magnética,
perpendicular à sua velocidade e à direção do campo magnético, surge,
produzindo uma deflexão na trajetória das cargas elétricas. Esse fenômeno
acontece frequentemente nos polos magnéticos da Terra, que
apresentam maior campo magnético e, por isso, são capazes de defletir a
partículas carregadas provenientes do vento solar, dando origem às auroras
polares.