sexta-feira, 20 de maio de 2011

Astrônomos registram jatos de partículas saindo de buraco negro


Radiotelescópios operados por um grupo internacional de pesquisadores, incluindo cientistas da Nasa (agência espacial dos EUA), conseguiram capturar a imagem mais detalhada de jatos de partículas saindo de um buraco negro em uma galáxia próxima.
As imagens foram obtidas com nove radiotelescópios distribuídos em vários pontos da África do Sul, Chile e Antártida.
Segundo a autora principal do estudo, Cornelia Mueller, da Universidade de Erlangen-Nuremberg, na Alemanha, os jatos de partículas surgem quando matéria é atraída para um buraco negro no interior da galáxia. Porém, os cientistas ainda não sabem com detalhes como os jatos se formam e se mantêm.
Os jatos interagem com o gás ao redor e interferem no processo de formação e evolução das galáxias de uma forma que ainda não é bem compreendida pelos cientistas.
A equipe comandada por Mueller estudou a galáxia de Centaurus A, que está a 12 milhões de anos-luz da constelação de Centauro e possui um buraco negro com 55 milhões de vezes a massa do Sol.
Nasa
Imagem do buraco negro foi obtida com radiotelescópios distribuídos em pontos da África do Sul, Chile e Antártida
Imagem do buraco negro foi obtida com radiotelescópios distribuídos em pontos da África do Sul, Chile e Antártida
A Centaurus A é uma das galáxias que mais emitem ondas de rádio e, por isto, aparece como um dos objetos mais brilhantes nos radiotelescópios.
A grande emissão de energia de galáxias como Centaurus A ocorre por causa dos gases que são engolidos pelo buraco negro, e parte deles é ejetada de volta, na forma de jatos que se concentram ao redor do buraco negro, no centro da galáxia.
Imagens mais detalhadas dos jatos podem ajudar os astrônomos a determinar como eles se formam. O pesquisador Mathias Kadler, da Universidade de Wuerzburg, na Alemanha, espera que as descobertas do Tanami ajudem a explicar o fenômeno.
Segundo ele, esta radiação é bilhões de vezes mais energética do que a registrada pelos radiotelescópios, e não se sabe exatamente de onde ela se origina.

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