sábado, 9 de outubro de 2010

Hungria teme agora segunda onda de lama tóxica

http://noticias.br.msn.com/mundo/artigo-bbc.aspx?cp-documentid=25885279



Vilarejo de Kolontar foi o mais atingido pelo vazamento da segunda-feira.
As autoridades húngaras determinaram neste sábado a retirada dos moradores do vilarejo de Kolontar, após a descoberta de uma nova ruptura no reservatório de produtos tóxicos que arrebentou na segunda-feira.
Hungria teme agora segunda onda de lama tóxica
Pelo menos sete pessoas morreram e dezenas ficaram feridas em consequência do vazamento da segunda-feira.
O primeiro-ministro da Hungria, Viktor Orban, disse que é "muito provável" que um muro inteiro do reservatório caia, liberando uma nova onda de efluentes químicos.
Orban prometeu ainda que os responsáveis pelo incidente enfrentarão "consequências muito sérias'.
Queimaduras
A liberação de cerca de 700 mil metros cúbicos de lama tóxica vermelha provocou ferimentos em cerca de 150 pessoas, a maioria com queimaduras.
Os mortos se afogaram ou foram levados pela onda de lama em Kolontar na segunda-feira. O vilarejo é o mais próximo do reservatório, e deve ser novamente o mais atingido em caso de um novo vazamento.
Na manhã deste sábado, cerca de 800 moradores foram levados a um ginásio de esportes e duas escolas em Ajka, a 8 quilômetros de distância.
Precaução
O porta-voz das equipes de resgate, Gyorgyi Tottos, disse que os novos danos ao reservatório são relativamente pequenos, mas que os moradores foram retirados dali como precaução.
Porém o premiê, em uma entrevista no local, fez previsões mais alarmistas.
"(O muro) Está em um estado muito ruim, e nossa estimativa é de que o muro caia", disse. "É muito provável que isso aconteça... Uma consequência é que vidas humanas podem estar em perigo."
"Por trás desta tragédia, erros humanos existiram. Nós revelaremos tudo isso, e as consequências serão muito graves e duras, como vocês podem imaginar", disse Orban.
Rios
Nos últimos dias, moradores e trabalhadores das equipes de resgate trabalharam intensamente para retirar a maior parte da lama tóxica que danificou casas, ruas e plantações e poluiu fontes de água.
A lama provocou a morte de todos os organismos presentes no rio Marcal, um afluente do rio Danúbio, o segundo maior da Europa.
Os químicos chegaram ao Danúbio na quinta-feira, mas as autoridades húngaras disseram na sexta que o nível de pH no rio era "normal", reduzindo os temores de que ele pudesse ter sido significativamente poluído.
As equipes de emergência vêm trabalhando para diluir o conteúdo alcalino do vazamento, adicionando grandes quantidades de lama e químicos ácidos nas águas dos rios Marcal e Raba.
A companhia responsável pelo reservatório que rompeu, MAL Hungarian Aluminium Production and Trade Company, ofereceu suas condolências às famílias afetadas, mas nega responsabilidade sobre o incidente.
A empresa disse que está colocando "todas as energias e os esforços" para resolver o problema e deu 110 mil euros (cerca de R$ 257 mil) até agora para ajudar na limpeza.

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