sexta-feira, 20 de maio de 2011

Planetas "órfãos" de estrela são muito comuns, diz novo estudo

Astrônomos descobriram uma classe planetária inteiramente nova: são os planetas "órfãos", que flutuam livremente sem orbitar uma estrela. E eles estão longe de ser raridade. Pode haver bilhões na Via Láctea: mais até do que estrelas "comuns".
Esses planetas, no entanto, não devem ter sido solitários durante todo o tempo. Provavelmente foram expulsos de sistemas ainda em formação, em uma pancadaria gravitacional causada pela proximidade de estrelas ou de outros planetas.
"Nós esperávamos encontrar alguns deles [planetas flutuando livremente], mas não tantos assim", disse à Folha Takahiro Sumi, da Universidade de Osaka, líder do trabalho na "Nature".
Sumi e sua equipe não encontraram os tais bilhões de planetas, mas apenas dez.
Segundo o grupo, porém, eles funcionaram como um censo estelar. Pela amostra de uma área, é possível estimar o total na galáxia.
Associated Press
Concepção artística de planeta que flutua livremente sem orbitar uma estrela (Associated Press)
Concepção artística de planeta que flutua livremente sem orbitar uma estrela (Associated Press)
Os cientistas não descartam que alguns desses planetas --mais ou menos do tamanho de Júpiter, o maior do nosso Sistema Solar-- possam estar orbitando uma estrela realmente distante, a mais de 500 vezes a distância que separa a Terra do Sol. Mas a maioria deles estaria de fato flutuando livremente.
A afirmação foi feita com base numa técnica de observação inovadora, as microlentes gravitacionais.
O método aproveita o momento em que um objeto de grande massa passa na frente de uma estrela, vista da perspectiva da Terra.
Esse objeto mais próximo age como uma lente, amplificando a luz de uma estrela distante e fornecendo vários dados sobre sua vizinhança galáctica.
Mario Perez, do programa de Exoplanetas (fora do Sistema Solar) da Nasa, disse em nota que a descoberta "tem grandes implicações para os modelos de formação e evolução planetária".

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