domingo, 22 de setembro de 2013

Nuvem branca do gelo-seco

Nuvem branca do gelo-seco

Vocês já devem ter reparado que, à medida que o gelo-seco (CO2 no estado sólido) sublima (CO2 no estado gasoso), uma nuvem branca surge. Pois bem, aquela nuvem não é CO2 no estado gasoso, pois o gás carbônico é incolor... Sabe o que é?








Aquilo é, na verdade, a água presente no ar que está condensado devido à baixa temperatura do gelo-seco. De acordo com a imagem, o resfriamento faz com que as moléculas de água parem de vibrar tão freneticamente, e isso as tornam líquidas. Sendo assim, elas ficam suspensas no ar como na foto.



Interessante, não é?

Não se esqueça de deixar um comentário dizendo o que achou. :)



Fonte: Química para Leigos e Brasil Escola
Química para Leigos: http://goo.gl/bdZu80
Brasil Escola: http://goo.gl/gJSpia

quinta-feira, 19 de setembro de 2013

As fases da Lua

As fases da Lua


À medida que a Lua viaja ao redor da Terra ao longo do mês, ela passa por um ciclo de fases, durante o qual sua forma parece variar gradualmente. O ciclo completo dura aproximadamente 29,5 dias. Esse fenômeno é bem compreendido desde a Antiguidade. Acredita-se que o grego Anaxágoras (± 430 a.C.), já conhecia sua causa, e Aristóteles (384 - 322 a.C.) registrou a explicação correta do fenômeno  as fases da Lua resultam do fato de que ela não é um corpo luminoso, e sim um corpo iluminado pela luz do Sol.

A face iluminada da Lua é aquela que está voltada para o Sol. A fase da lua representa o quanto dessa face iluminada pelo Sol está voltada também para a Terra. Durante metade do ciclo essa porção está aumentando (lua crescente) e durante a outra metade ela está diminuindo (lua minguante). Tradicionalmente apenas as quatro fases mais características do ciclo - Lua Nova, Quarto-Crescente, Lua Cheia e Quarto-Minguante - recebem nomes, mas a porção que vemos iluminada da Lua, que é a sua fase, varia de dia para dia. Por essa razão os astrônomos definem a fase da Lua em termos de número de dias decorridos desde a Lua Nova (de 0 a 29,5) e em termos de fracção iluminada da face visível (0% a 100%). Recapitulando, fase da lua representa o quanto da face iluminada pelo Sol está na direção da Terra.




As fases da lua como são denominados os quatro aspectos básicos que o satélite natural da Terra, a Lua, apresenta conforme o ângulo pelo qual é vista a face iluminada pelo Sol. Diferentemente de outros idiomas, na língua portuguesa, as fases intermediárias, como a lua gibosa e a lua balsâmica não possuem a nomenclatura amplamente difundidas.





NomeHemisfério
Norte
Hemisfério
Sul
Porção visível à noite
Lua novaMoon phase 0.svgMoon phase 0.svg0%
Lua crescenteMoon phase 1.svgMoon phase 7.pngNorte: 1-49% (direita)
Sul: 1-49% (esquerda)
Quarto CrescenteMoon phase 2.pngMoon phase 6.pngNorte: 50% (direita)
Sul: 50% (esquerda)
Lua gibosaMoon phase 3.pngMoon phase 5.pngNorte: 51-99% (direita)
Sul: 51-99% (esquerda)
Lua cheiaMoon phase 4.pngMoon phase 4.png100%
Lua balsâmicaMoon phase 5.pngMoon phase 3.pngNorte: 51-99% (esquerda)
Sul: 51-99% (direita)
Quarto MinguanteMoon phase 6.pngMoon phase 2.pngNorte: 50% (esquerda)
Sul: 50% (direita)
Lua minguanteMoon phase 7.pngMoon phase 1.svgNorte: 1-49% (esquerda)
Sul: 1-49% (direita)

Eclipse Lunar

Eclipse Lunar


Um eclipse lunar é um fenômeno celeste que apenas ocorre quando está lua  cheia e há um alinhamento entre o sol, a terra e a lua, de forma a que a terra fique entre o sol e a lua. Ou seja a lua está coberta (total ou parcialmente) pela sobra da Terra. Veja o esquema seguinte para uma melhor compreensão.



Existem 3 tipos de eclipses lunares:
  1. Penumbral – A lua passa através da penumbra da sombra terrestre. É dificilmente visível.
  2. Parcial – Uma parte da lua passa através da umbra da sombra terrestre. São facilmente visíveis.
  3. Total -  A totalidade da lua passa através da umbra da sombra terrestre. São facilmente visualizados e a lua pode ficar com uma cor laranja, avermelhada ou acastanhada. 


Data
Tipo de eclipse
Locais
07 Julho 2009PenumbralAustrália, Pacifico, Américas
06 Agosto 2009PenumbralAméricas, Europa, África, Oeste da Ásia
31 Dezembro 2009ParcialEuropa, África, Ásia, Austrália
26 Junho 2010ParcialEste da Ásia, Austrália, Pacifico, Oeste das Américas
21 Dezembro 2010TotalEste da Ásia, Austrália, Pacifico, Américas,Europa,
15 Junho 2011TotalAmérica do Sul, Europa, África, Ásia, Austrália
10 Dezembro 2011TotalEuropa, Este de África, Ásia, Austrália, Pacifico
04 Junho 2012ParcialÁsia, Austrália, Pacifico, Américas
28 Novembro 2012PenumbralEuropa, Este de África, Ásia, Austrália, Pacifico
25 Abril 2012ParcialEuropa, África, Ásia, Austrália
25 Maio 2013PenumbralAméricas, África
18 Outubro 2013PenumbralAméricas, Europa, África, Ásia
15 Abril 2014TotalAustrália, Pacifico, Américas
08 OutubroTotalÁsia, Austrália, Pacifico, Américas
04 Abril 2015TotalÁsia, Austrália, Pacifico, Américas
28 Setembro 2015TotalEste do Pacifico, Américas, Europa, África, Oeste da Ásia

Sistema Solar

Sistema Solar

O Sistema Solar é constituído por oito planetas principais:
O Sistema Solar também consta com os planetas anões ou plutóides:
Plutão, Éris, Makemake, Ceres, Haumea, etc.
 
Mercúrio
 
Mercúrio é o planeta mais interior do Sistema Solar. Está tão próximo do Sol que este, se fosse visto por um astronauta de visita ao planeta, pareceria duas vezes e meia maior e sete vezes mais luminoso do que observado da Terra.
O movimento de Mercúrio caracteriza-se ainda por uma particular relação entre o seu eixo e a revolução orbital à volta do Sol: o período de rotação, igual a 58,65 dias terrestres, dura exatamente dois terços do período orbital (o seu "ano" ) que é igual a 87,95 dias. 

 
 
 
Vénus 
 
                                 
Paisagem de Vénus, fruto da fantasia de um pintor. Sabe-se que no passado Vénus sofreu uma intensa atividade vulcânica e pensa-se que ainda poderá ocorrer a expulsão de gases e de lava.
Vénus, o segundo planeta do sistema solar por ordem de distância ao Sol, é o que pode aproximar-se mais da Terra e o astro mais luminoso do nosso céu, depois do Sol e da Lua. A órbita que o planeta percorre em 225 dias é praticamente circular. A rotação sobre o seu eixo é extremamente lenta, com um "dia" que dura quase 243 dias terrestres, efetuando-se em sentido retrógrado ao contrário dos outros planetas rochosos do Sistema Solar.
 


Terra

A Terra é o terceiro planeta do sistema solar, a contar a partir do Sol e o quinto em diâmetro.
Entre os planetas do Sistema Solar, a Terra tem condições únicas: mantém grandes quantidades de água, tem placas tectônicas e um forte campo magnético. A atmosfera interage com os sistemas vivos.
A ciência moderna coloca a Terra como único corpo planetário que possui vida, na forma como a reconhecemos.
 


Marte

Marte, ao lado, numa montagem fotográfica, a partir de imagens captadas pela sonda "Viking Orbiter" da NASA. É o resultado da composição de mais de uma centena de imagens, obtidas quando a sonda girava a 32.000 Km da superfície do planeta.
Conhecido pela sua característica coloração avermelhada, o planeta gira em volta do Sol a uma distância média de 228 milhões de quilômetros. A sua trajectória é marcadamente elíptica, demorando 686,98 dias para dar uma volta completa em redor do Sol e o seu plano orbital tem uma inclinação de apenas 1,86º em relação à órbita terrestre. Acompanham-no no seu movimento de revolução dois pequenos satélites (Deimos e Fobos) descobertos em 1877.




Júpiter

O planeta gigante é o centro de um sistema composto por 63 satélites e um ténue anel. Embora Vénus o supere em esplendor no céu da aurora ou do crepúsculo, Júpiter é sem dúvida, o planeta mais espetacular, inclusive para quem apenas disponha de um modesto instrumento óptico para a sua observação. Com o nome do rei dos deuses da tradição greco-romana, situado a uma distância média do Sol de 778,33 milhões Km, demora 11,86 anos a descrever uma órbita (ligeiramente elíptica) completa.
O que mais impressiona neste planeta são as suas gigantescas dimensões. Com um raio de 71.492 Km, um volume 1.300 vezes superior ao da Terra e uma massa equivalente a quase 318 massas terrestres, Júpiter supera todos os outros corpos do Sistema Solar, exceptuando o Sol.




Saturno

Até 1977, foi mais conhecido pela particularidade de ser o único planeta rodeado por um sistema de anéis. A partir de então, graças às avançadas observações realizadas a partir da Terra e às fascinantes descobertas das sondas? Voyager?, Saturno tornou-se uma atração universal.
Depois de Júpiter, Saturno é o maior planeta, com uma massa e um volume 95 e 844 vezes, respectivamente, superiores aos da Terra. Destes dados deduz-se que tenha uma densidade média equivalente a 69% da da água, o que indica que na composição deste corpo celeste predominam os elementos leves, como o hidrogênio e o hélio.
 


Urano

O primeiro dos planetas descobertos na época moderna, só é visível à vista desarmada em condições especialmente favoráveis. Situado a uma distância média do Sol de 2.871 milhões Km, demora 84,01 anos a descrever uma volta completa à volta do astro.
É um planeta singular, cujo eixo de rotação coincide praticamente com o plano orbital. Com o raio equatorial de 25.559 Km e a massa equivalente a 14,5 massas terrestres, o planeta Úrano pode considerar-se irmão gémeo do longínquo Neptuno. A coloração verde-azulada da atmosfera deve-se à abundância de metano gasoso (2% das moléculas) que absorve a luz do Sol. Além disso, o composto condensa-se a altitudes bastante elevadas e forma uma camada de nuvens.




Neptuno

A órbita de Neptuno situa-se a uma distância de 4.497 milhões de Quilômetros do Sol e para completar uma volta necessita de 165 anos. Assim, desde que foi descoberto (em Setembro de 1846) ainda não descreveu uma volta completa em redor do Sol. O planeta possui uma massa 17 vezes superior à da Terra, e uma densidade média igual a 1,64 vezes a da água. Como todos os gigantes gasosos, não apresenta uma separação nítida entre uma atmosfera gasosa e uma superfície sólida, pelo que se define convencionalmente como nível zero, o correspondente à pressão de 1 bar.
 

Eclipse Solar

Eclipse Solar

Um eclipse solar assim chamado, é um raríssimo fenômeno de alinhamentos que ocorre quando a Lua se interpõe entre a Terra e o Sol, ocultando completamente a sua luz numa estreita faixa terrestre. Do ponto de vista de um observador fora da Terra, a coincidência é notada no ponto onde a ponta o cone de sombra risca a superfície do nosso Planeta.



Tipos de eclipses
 
Há quatro tipos de eclipses solares:
  • eclipse solar parcial: somente uma parte do sol é ocultada pelo disco lunar.
  • eclipse solar total: toda a luminosidade do Sol é escondida pela Lua.
  • eclipse anulareclipse anelar ou eclipse em anel: um anel da luminosidade solar pode ser vista ao redor da lua, o que é provocado pelo fato do vértice do cone de sombra da Lua não estar atingindo a superfície da Terra, o que pode acontecer se a Lua estiver próxima de seu apogeu. Isso é similar à ocorrência do eclipse penumbral da lua.
  • eclipse híbrido, quando a curvatura da Terra faz com que o eclipse seja observado como anular em alguns locais e total em outros. O eclipse total é visto nos pontos da superfície terrestre que estão ao longo do caminho do eclipse e estão fisicamente mais próximos à Lua, e podem, assim, serem atingidos pela umbra; outros locais, menos próximos da Lua devido à curvatura da Terra, caem na penumbra da lua, e enxergam um eclipse anular.
Eclipses solares podem ocorrer apenas durante a fase de Lua nova, por ser o período em que a Lua está posicionada entre a Terra e o Sol.

Esquema comparativo do eclipse anular e do total.



quarta-feira, 18 de setembro de 2013

5 maneiras de ler mais livros e se tornar mais inteligente

Matéria publicada em 04/09/2013

Quer se tornar mais inteligente por meio da leitura? Uma boa ideia é aumentar o número de obras que você lê. Veja dicas que vão ajudá-lo a fazer isso

5 maneiras de ler mais livros e se tornar mais inteligente
Crédito: Shutterstock.com

Pesquisas sobre experiência de usuário mostram que cada vez mais as pessoas usam aplicativos ou recursos digitais para leitura

A leitura pode trazer diversos benefícios para a vida de uma pessoa. Com ela você expande os seus horizontes, aumenta o seu nível de cultura, ganha mais vocabulário e, em consequência, se torna uma pessoa mais inteligente. Porém, para alcançar todas essas vantagens é preciso fazer da leitura um hábito. Se você ainda não tem intimidade com os livros e quer se tornar alguém mais inteligente, veja dicas que vão ajudá-lo a ler mais livros:

1. Tenha sempre um livro

O melhor incentivo para ler mais livros é ter um exemplar sempre à mão. Leve um livro com você para onde você for, assim você pode utilizar o tempo livre para adiantar sua leitura.

2. Use os recursos digitais

Pesquisas sobre experiência de usuário mostram que cada vez mais as pessoas usam aplicativos ou recursos digitais para leitura. Se você não quer o peso de um livro, opte pela versão digital dele. Dessa maneira você pode ler no seu tablete ou mesmo no smartphone.

3. Grife as partes interessantes

É comum se distrair por alguns momentos durante a leitura e ter de acabar voltando várias páginas para entender o contexto do que está sendo discutido. Para evitar esse tipo de problema, uma boa saída é grifar o que você considera mais importante, independentemente de ser um livro técnico ou de ficção. Isso vai fazer com que você se mantenha atento ao que está lendo e evita a perda de tempo por voltar a conteúdos que você já viu.

4. Alterne leituras fáceis e difíceis

Existem leituras mais complexas que outras, o que pode desmotivar você e destruir seu interesse. Por isso, uma boa estratégia é alternar entre leituras mais difíceis e outras simples. Não é vergonha nenhuma ler livros de entretenimento, ninguém precisa ler apenas grandes nomes da literatura mundial ou obras que discutem temas profundos e complexos. Tente adaptar sua lista para que ela seja confortável para você.

5. Crie um hábito

A leitura pode ser maçante no começo, mas se tornará mais simples conforme você pratica. Por isso é fundamental que você não desista no primeiro livro que considerar difícil, vá em frente e crie o hábito de ler. Uma boa ideia é estabelecer metas. Quantos livros você quer ler no período de um mês? Aumente os objetivos conforme você perceber que a leitura está fluindo melhor.  

terça-feira, 17 de setembro de 2013

TELESCÓPIO SPITZER FAZ 10 ANOS NO ESPAÇO


TELESCÓPIO SPITZER FAZ 10 ANOS NO ESPAÇO

Por dez anos, imagens obtidas pelo telescópio Spitzer, da Nasa, ajudou cientistas a aprender mais sobre nosso universo. Por isso, preparamos uma retrospectiva das imagens mais incríveis feitas pelo Spitzer na última década. Embora pareçam um grupo de estrelas sendo ‘comidas’ por um monstro gigante, esta é, na verdade, uma região conhecida como ‘Asa’ da Pequena Nuvem de Magalhães, uma das galáxias anãs da Via Láctea.

quarta-feira, 11 de setembro de 2013

Astrônomos brasileiros descobrem a mais velha estrela gêmea do Sol

http://veja.abril.com.br/noticia/ciencia/astronomos-brasileiros-descobrem-a-mais-velha-estrela-gemea-do-sol

A estrela HIP 102152 tem idade estimada de 8,2 bilhões de anos, contra “apenas” 4,6 bilhões do Sol

"Irmã" mais velha: gêmea solar HIP 102152, situada a 250 anos-luz de distância da Terra, na constelação de Capricórnio
"Irmã" mais velha: gêmea solar HIP 102152, situada a 250 anos-luz de distância da Terra, na constelação de Capricórnio(ESO/Digitized Sky Survey 2. Davide De Martin)
Uma equipe internacional de astrônomos, liderada por brasileiros, anunciou nesta quarta-feira a descoberta da estrela gêmea do Sol mais velha conhecida até hoje.  Situada a 250 anos-luz da Terra, na constelação do Capricórnio, a estrela HIP 102152 tem idade estimada de 8,2 bilhões de anos – contra "apenas" 4,6 bilhões do Sol.
Gêmeas solares são estrelas que possuem massa, temperatura e composição química semelhantes às do Sol. Elas ajudam os pesquisadores a prever o que deve acontecer com a estrela nos próximos bilhões de anos ou, no caso das gêmeas mais novas, como ela tem se modificado ao longo do tempo.
A descoberta da primeira gêmea solar, denominada 18 Scorpii, ocorreu em 1997. Desde então astrônomos do mundo todo procuram por mais astros com as mesmas características. A nova estrela gêmea, além de ser a mais velha, é mais parecida com o Sol do que qualquer outra.
O estudo foi realizado com dados do Very Large Telescope, do Observatório Europeu do Sul (ESO), que fica no Deserto do Atacama, no Chile. Em mais de 40 noites de observação, os pesquisadores estudaram a composição química e outras características da estrela. O estudo que relata as descobertas da equipe foi divulgado nesta quarta-feira no site do periódico Astrophysical Journal Letters e sairá em sua versão impressa no próximo mês.
O mistério do lítio – O estudo já permitiu aos pesquisadores contribuir para a solução de um mistério de seis décadas. Por meio do estudo de meteoritos, os pesquisadores sabem que, durante sua formação, o Sol tinha uma quantidade de lítio muito maior do que a atual (estima-se que a quantidade existente agora corresponda a cerca de 1% da original). Gêmeas solares também têm quantidades maiores deste elemento. O que teria acontecido com o lítio presente no Sol?
Com a descoberta da HIP 102152, que tem em sua composição ainda menos lítio do que o Sol, os pesquisadores descobriram que há uma correlação entre a quantidade do elemento químico e a idade da estrela: conforme o astro envelhece, os processos que ocorrem em seu interior fazem com que a quantidade de lítio diminua.
Busca por planetas – As análises da nova gêmea mostraram ainda que, assim como o Sol, ela apresenta uma deficiência nos elementos refratários, aqueles que são capazes de suportar altas temperaturas e também são abundantes em meteoritos e em planetas rochosos, como a Terra. Os pesquisadores acreditam que esses elementos se encontram em menor quantidade no Sol exatamente porque foram incorporados aos planetas rochosos que fazem parte do Sistema Solar. O fato de a HIP 102152 apresentar as mesmas características indica que ela pode hospedar planetas desse tipo, apesar de nenhum deles ter sido encontrado até o momento orbitando a estrela.
Também não foi encontrado nenhum planeta gigante, como Júpiter, na zona habitável da estrela. Jorge Meléndez, pesquisador Departamento de Astronomia da Universidade de São Paulo e um dos autores do estudo, explica que esse fato reforça a possibilidade de que um planeta parecido com a Terra possa existir. Isso porque os equipamentos disponíveis atualmente não conseguem identificar planetas pequenos como a Terra, mas os planetas gigantes são mais facilmente encontrados. A existência de algum deles na zona habitável da estrela tornaria improvável a presença de um planeta rochoso, já que sua órbita seria desestabilizada pelo corpo celeste maior.

Cores e sensações no Jardim das Borboletas

http://obsma.blogspot.com/search/label/Edi%C3%A7%C3%A3o%20115

Borboletário inaugurado na Fiocruz celebra a biodiversidade e o conhecimento científico

Juliana Marques 

Elas são protagonistas de histórias e poemas, deixam os jardins mais coloridos e são responsáveis pela polinização de inúmeras espécies de plantas. As borboletas, insetos que passam por quatro etapas em seu ciclo de vida, são agora a principal atração do Museu da Vida, na Fiocruz e ganharam um espaço especial: um jardim que abriga mais de cinquenta espécimes, de três espécies diferentes. 

Ao passear no jardim das borboletas, é possível observar seus hábitos, suas principais características e conhecer algumas curiosidades. Em uma área de 84 m², os insetos pousam em flores e folhas cuidadosamente escolhidas, de acordo com a preferência de cada espécie. Os primeiros exemplares vieram em pupas de Belém do Pará, mas em breve a reprodução poderá ser realizada na própria Fiocruz.


As Dryas Julias alimentam-se de pólen e folha de maracujá (Foto: Juliana Marques)

Tingidas com as mais diferentes tonalidades, as borboletas representam com delicadeza a biodiversidade. Durante a inauguração do Jardim, o presidente da Fiocruz Paulo Gadelha destacou a importância destes animais para a preservação do meio ambiente. “A criação de projetos como este torna ainda mais abrangente a capacidade de estimular o conhecimento. De forma lúdica, a população pode interagir com as borboletas e perceber os pequenos detalhes da natureza”, explicou.   

Crianças do Ensino Fundamental de escolas municipais do Rio de Janeiro foram as primeiras a receber as borboletas recém-chegadas. Os estudantes viram de perto os insetos e participaram de diversas atividades promovidas pelo Museu da Vida, como oficina de contos, dobraduras de origami, pinturas, esculturas de massinha e observaram no microscópio as estruturas celulares do inseto. 



Borboleta brancão deposita os ovos na folha da couve (Foto: Juliana Marques)

De acordo com o entomólogo e pesquisador do Instituto Oswaldo Cruz (IOC), Ricardo Lourenço, o Jardim das Borboletas foi pensado para aproximar o público deste animais – e quem sabe – revelar futuros cientistas. “O contato direto com o inseto vivo, observando sua morfologia e hábitos, pode estimular a vocação de futuros naturalistas. Além disso, leva à reflexão sobre como a biodiversidade é importante por si só e para a preservação do equilíbrio ecológico do planeta”, afirmou Lourenço, que também é o idealizador do projeto. 


O Jardim das Borboletas 

Local: ao lado da Tenda da Ciência do Museu da Vida – campus da Fiocruz (Avenida Brasil 4.365, Manguinhos, Rio de Janeiro/RJ) 
Visitação: de terça a sexta-feira, das 9h às 16h30 (com agendamento); no sábado, das 10h às 16h (visita livre)
Entrada gratuita
Mais informações no site www.museudavida.fiocruz.br